domingo, 27 de janeiro de 2008

Medicina utiliza cada vez mais recursos da tecnologia da informação e telecomunicações para melhorar a qualidade de atendimento

Medicina utiliza cada vez mais recursos da tecnologia da informação e telecomunicações para melhorar a qualidade de atendimento
Por Túlio Ornelas Iannini

A medicina é considerada um dos segmentos que mais investem em tecnologias avançadas na fabricação de instrumentos. Nos últimos anos a medicina vem evoluindo também para a utilização da Tecnologia da Informação e Comunicações (TICs) para beneficiar a qualidade de atendimento. Tanto que na lista das 15 pessoas que vão influenciar o mercado de TICs em 2008, consta o nome de John Glaser, CIO da Partner HelthCare, uma organização sem fins lucrativos localizada em Boston, que promove suporte a hospitais, médicos e outras entidades da área. A lista foi promovida pela revista InformationWeek – EUA.

Nos últimos 40 anos diversos países incluindo o Brasil desenvolveram técnicas e instrumentos médicos computadorizados, incluindo robôs cirúrgicos e tomógrafos. Diversos softwares para informatização de consultórios e de apóio à decisão médica também foram desenvolvidos e aprimorados.

Os softwares para a área hospitalar são considerados os mais caros e complexos devido à dificuldade de desenvolvimento e implantação. Esta dificuldade se deve a grande complexidade do funcionamento de um hospital. Um Sistema de Informação Hospitalar (SIH) permite a integração por diversos módulos que passam pelo controle de leitos, agendamento de internação, prontuário eletrônico, gestão financeira, gestão de recursos humanos, almoxarifado, controle de coleta de exames dentre outros. Estes sistemas poderiam ajudar muito a rede de saúde pública, onde 75% da população brasileira não dispõe de um convênio de saúde particular. A grande maioria dos centros de saúde pública não utilizam o computador dificultando a qualidade de atendimento e controle de demandas.
A empresa de processamento de dados do Ministério da Saúde, DATASUS, tem investido milhões de reais nos últimos anos para criação de um sistema padronizado para modernização dos centros de saúde pública. No projeto deste sistema está incluída a padronização do prontuário médico e o Cartão SUS, que conterá todo o histórico de atendimento ao cidadão.

Diversos governos Estaduais e Municipais já estão realizando projetos em conjunto com a utilização da TICs para a saúde pública.

Uma das mais poderosas tendências tecnologias na área médica é a Telemedicina que beneficiam instituições de saúde em diversas situações, principalmente aquelas que possuem um número pequeno de médicos para atender a população local. As tecnologias da Telemedicina proporcionam o surgimento de tecnologias educativas, práticas de atendimento clínico e diagnóstico que seja possível substituir a presença física do médico.

São inúmeros exemplos da utilização da Telemedicina, como simulação de operações delicadas, Telepresença para acompanhamento de consultas à distância, visualização de imagens clínicas durante exames e a Telerobótica que permite a intervenção cirúrgica à distância.

A capital mineira possui um projeto e Telemedicina aplicada à saúde pública. O projeto é a Rede de Telesssaúde de Belo Horizonte – BH TELEMED. O projeto é conduzido pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) em parceria com o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Conta ainda com parcerias internacionais da Finlândia, Dinamarca e Itália.

A implantação da Telessaúde em Belo Horizonte tem como objetivo promover a capacitação contínua em serviços profissionais que realizam atendimentos nos níveis básicos, melhoria na qualidade de atendimento e monitorar as atividades de saúde da família.

O projeto já está implantado em 14 centos de saúde conectados ao Hospitais das Clínicas. A meta é atingir todas as 139 unidades da rede básica.

Dentre diversos resultados positivos obtidos com o projeto esta a melhoria do tempo de espera dos pacientes, já que todas as informações estão cadastradas com base no cartão nacional de saúde possui a padronização do atendimento integrado com diversos outros órgãos de saúde pública de Belo Horizonte, tornando-se o atendimento mais humano.

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