sexta-feira, 6 de junho de 2008

APL da Indústria de Software de Belo Horizonte receberá quase R$1,5 milhões entre 2008-2010

Entidades do setor de Tecnologia da Informação já estão iniciando a execução das ações do Arranjo Produtivo Local do setor criado pelo Sebrae. As ações aprovadas para o APL de Software, estão dividas em áreas que visam aumentar o nível de capacitação em qualidade e produtividade, proporcionando a obtenção de certificação, promover a internacionalização do setor, facilitar o acesso ao capital, promover a comunicação e o marketing, aumentar o nível de capacitação em gestão e tecnologia, o nível de conhecimento sobre o APL da Indústria de Software de Belo Horizonte, a interação com universidade, a articulação junto ao poder público, promover a inteligência competitiva setorial, fomentar alianças e parcerias estratégicas entre as empresas, atuar de forma transversal, junto á outras cadeias produtivas, fomentar a formação de recursos humanos de alto nível para o setor em consciência com as necessidades das empresas, além de fomentar a cooperação entre empresas e entidades.

Os Arranjos Produtivos Locais são concentrações geográficas de empresas de um mesmo segmento ou em um mesmo complexo industrial que funcionam como rede de indústrias onde se trabalha de forma cooperada, com tecnologias de produção flexíveis. Existe também a articulação com órgãos de governo, entidades representativas do empresariado, instituições de crédito, de ensino e de pesquisa. O APL tem como objetivo aumentar o faturamento das empresas e da Indústria de Software da RMBH, ampliando o acesso aos mercados local, nacional e internacional, gerando empregos de alta qualificação. É formado por aglomerações de empresas localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm algum vínculo de articulação, interação, cooperação entre governo, associações empresariais, instituições de crédito e pesquisa.

O projeto do software existente há três anos, teve em 2007 com o encerramento do primeiro triênio, a alteração em sua atuação geográfica antes voltada apenas para empresas situadas na capital, o projeto hoje abrange toda a região metropolitana de Belo Horizonte. Todas as metas estipuladas para a primeira fase foram superadas sendo que o faturamento das empresas do TI elevou de R$ 225 milhões de reais R$ 263 milhões de reais, um nível superior a 22%. Outro ponto relevante de atuação do projeto foi a elevação na capacitação de mão de obra qualificada que superou a casa dos 20% no número de profissionais do setor qualificados.

Segundo Márcia Valéria Cota, gestora do APL de software de Região Metropolitana de Belo Horizonte o sucesso do APL de Software deve se a cooperação entre as entidades, todas com o mesmo objetivo e a vontade das lideranças em alavancar o setor. O projeto fez com que o empresário se situasse mais nas ações do setor, houve uma maior aproximação das entidades com o poder público e com elas mesmas.

O Projeto tem como ações para 2008/2010 a capacitação do setor com a promoção de cursos, treinamentos, encontros empresariais, palestras, e Ranking Mineiro de Informática sob responsabilidade da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet (ASSESPRO), a Sociedade Mineira de Software (FUMSOFT), responsável pela área de tecnologia; CINE, Fabrica Mineira de Software, Softex e a interação entre os demais APLs, o Sindicato das Empresas de Informática (SINDINFOR) ficará com a parte de interação do setor com os demais setores para a geração de negócios e por fim a Sociedade dos Usuários de Informática e Telecomunicações (SUCESU), que buscará a geração de negócios entres micro e pequenas empresas e média e grandes, além da relação com CIOS.

O presidente da Assespro, Túlio Ornelas, ressalta que “Belo Horizonte é um dos principais pólos consolidados de Tecnologia da Informação, servindo de referência estratégica para outros Estados e até mesmo para outros Países. Esta consolidação é fruto de um trabalho totalmente integrado entre o Governo, SEBRAE e as entidades representativas do setor”. Para Ornelas, a participação dos empresários nas ações inseridas no APL é fundamental para o sucesso de fortalecimento do setor. “Os empresários precisam ficar atentos às oportunidades que serão oferecidas durante o período de execução das ações, para fortalecer seus negócios com subsídios do APL”, destaca Ornelas.

As empresas participantes dos eventos e ações realizadas pelas entidades pagam valores reduzidos que pode ser minimizado à taxa de até 50%, sendo o restante subsidiado pelo projeto, fator que estimula a participação das empresas. No planejamento dos anos 2008/2010 ficou decidido que o Arranjo Produtivo Local (APL) da Indústria de Software de Belo Horizonte receberá quase R$1,5 milhões vindos do recurso de SEBRAE nos próximos três anos. Os recursos serão usados para o desenvolvimento de ações que visem o crescimento do setor.

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